24 horas aproveitando e compartilhando a vida...

Começo a escrever as 06:39 hs de 02 de Maio de 2010, dentro de um minuto estarei completando 24 horas acordado e aproveitando a vida em ótimas companhias!

Neste “pequeno” dia foram rodados 300 km, registradas inúmeras imagens na memória, consumidos cerca de 09 litros de gasolina, duas térmicas de chimarrão e cerca de (apenas) um litro de cerveja (putz... nisso ninguém vai acreditar...), pão com “boi-ralado”, sorvete, pizza...

Começando o dia em função de um “bate-volta” até o encontro Mar&Motos em Tramandaí (na verdade chamo de desculpa para rodar, rever amigos e conhecer novas pessoas). Momentos em família com boas risadas, (in)definições para o futuro próximo...

Primeiro ponto de encontro, Amazona dos Pampas chega em 05 minutos, segundo ponto de encontro, Giuliano Colorado já de prontidão, muita neblina até boa parte do trajeto de ida, friozinho suportável, mas meus “possíveis filhos” estavam congelados...



Viagem tranquila, tanto na ida (BR-290) quanto na volta (RS-040), reencontro com o amigo “Graxa” que pedalou mais de 1.200 km nestes últimos quatro finais de semana(pra quem não conhece esta grande figura, além da dedicação ao ciclismo ele pedala com sua bike reclinada até os encontros de moto, desde sua cidade -Butiá-RS - até lugares como Melo no Uruguai, cerca de 500 km de distância entre as duas localidades), e onde já nos encontramos em Novembro de 2008 9naquela viagem em que me deu vontade de iniciar o blog – vide post anterior.



(Neste momento há uma pausa no relato, o corpo da sinais e me lembra que sou humano, seriam 07:00 hs de sono para repor as energias).

Recepção do Mar&Motos com o já citado pão com “boi-ralado”, cidade cheia, evento “bombando”, passeio pelos expositores, despedida do amigo Giuliano que regressaria a Porto Alegre “louco de saudade” de sua prenda que retornava de viagem. Mas antes ele ainda iria adquirir um novo patch para sua jaqueta, situação em que conheci o já famoso Gastão dos Bordados, gringo “loco”, grande figura, e também já visualizei um novo bordado para o também novo colete que estreava neste dia.

Passeio entre os inúmeros modelos de motos, feliz por ver tantas “customs” num mesmo evento, repassei um pouco do meu (pouco) conhecimento a minha comparsa (transmissão por corrente, por correia e por cardan).

Encontro com conhecidos “virtuais”, re-encontro de velhos conhecidos, papo cabeça com o VP dos $em Mango$ (prazer em conhecê-lo!), momentos com a família Prokopiuk, colinho para a Paulinha que está a cada dia mais sapeca, buffet de sorvete para relembrar a adolescência...

Decisão pelo retorno a Porto Alegre incluindo o Parque Eólico de Osório no roteiro, uma bela visão ao pôr-do-sol, preparação para retornar a estrada, chegam algumas motos, escuto alguém falando em Audax (prova ciclística, classificada como desafio individual, eventos em que já pedalei, fui voluntário e o mais importante, fiz muitos amigos), fico a observar o grupo e sou reconhecido pelo Márcio, parceiro da vida em duas rodas (moto & ciclismo), conheço o “amigo de Orkut” Wagner além do Daniel que me passou boas dicas para melhorar o desempenho da motoca.



Sugestão destes por retornarmos pela RS-040, consulto a comparsa, sugestão aceita e “vam-bora” pegar a estrada ao cair da noite, visão do anoitecer alaranjado, coisa que a câmera fotográfica não registra com fidelidade e que nenhuma palavra descreve a contento. Obrigado a todos que estavam nos acompanhando, inclusive aqueles que não tivemos um contato mais próximo.

Retorno a Porto Alegre, jantar com pizzas, em família, alusivo ao 21º aniversário da mana caçula (putz... tô ficando velho...), situação excelente em que o cansaço e a fome, ao invés de me “derrubarem”, reúnem o resto das energias para me deixar ainda mais ligado, agitado e sarcástico, garantindo boas risadas com a família e os “agregados”.

Satisfação física e mental, vamos rodar mais um pouco e curtir o show de 7º aniversário da banda Draco, até então desconhecida por minha pessoa, clima ótimo de “Jam-session”, provamos o “sangue de dragão” (não adianta, meu organismo não gosta de bebidas destiladas), algumas e poucas cervejas, nicotina (ex-fumante exposto ao fumo passivo, fumar ou não parece não fazer tanta diferença...)

rock’n’roll rolando e duas criaturas a relatar experiências, vivências, pesar prós e contras, e divagar sobre o presente e o futuro... algo surreal...


Situação inusitada, momento de distração, eis que entro no banheiro errado, estranhei não ver o velho e bom mictório, mas não vi nada diferente... escuto algum som feminino e logo em seguida outra voz: “Ó... um homem no banheiro feminino...” ao que respondo: “Será que estou no banheiro errado?!?!” (homens não precisam fechar a porta para fazer xixi pois o fazem de pé e de costas para a porta, logo não estava atentando contra a “integridade” de nenhuma dama).

Feito o “serviço”, mãos lavadas, volto a conversar com minha parceira e relato o ocorrido, ao nosso lado a “voz feminina” confirma que havia um homem no banheiro, mais ainda, confirma que este era Eu, risadas com as moças presentes, a moça do bar acompanha a situação e também ri, enquanto a “voz feminina”, faz questão de esclarecer: “Não se preocupem que não vi nada!!!”.

Mais uma vez “fechamos a casa” (pessoa insone que estou, fecho bares e viro noites a conversar), em frente, as duas “Trudys” ao relento, agora na compania de seus donos, mais papo, debaixo das estrelas, por cerca de mais 01:30 hs, troca de confidências, “medo”, “defesa”, sentimentos do tal ser humano, racional ao extremo...




Constatamos que estávamos próximos a completar 23:00 hs de trocas, com mais uns 15 km a rodar numa madrugada fria, motos apresentando pequenos barulhos a serem averiguados com atenção, flagrantes da noite com muitas viaturas da Brigada em frente a um estabelecimento na João Pessoa, passamos pelo local devagar e apressados ao mesmo tempo... nunca se sabe o que pode acontecer...

Escolto minha parceira até sua residência, mais papo (que gente que fala... P.Q.P.), longa despedida, volto a rodar e o dia começa a clarear... 12 horas antes via o anoitecer a minha frente, neste momento vejo o amanhecer em meus retrovisores...

Novamente escrevo: fotos não são fiéis ao momento, palavras não conseguem descrever o que a mente registra...

P.S. para os que não me conhecem, sou “pouco” detalhista, portanto relatos “breves” como este não serão raros... mas nem todos serão um resumo de 24 hs vividas ;-)